segunda-feira, 11 de junho de 2012

Deputados sugerem parceria com a Secretaria de Educação para promoção de concurso de redação sobre o Rei do Baião


A Comissão Especial do Centenário de Luiz Gonzaga da Alepe se reuniu, na tarde da última quarta-feira (18), com o secretário estadual de Educação, Anderson Gomes, na sede da secretaria, no Recife. No encontro, os deputados Antônio Moraes (PSDB), presidente do colegiado, e Henrique Queiroz (PR) propuseram uma parceria, entre a Assembleia e o órgão, para promover um concurso de redação sobre o Rei do Baião.


  A Resolução n° 1089/2011, de autoria do deputado Henrique Queiroz, propõe que os textos se baseiem na biografia social, musical e política do cidadão Luiz Gonzaga do Nascimento e na sua luta pelo reconhecimento da música nordestina e pelo desenvolvimento regional. O concurso será destinado a todos os estudantes do Ensino Médio das escolas públicas, estaduais e municipais.


De acordo com o texto, os cinco primeiros colocados serão contemplados com prêmios em dinheiro, cujos valores vão de R$ 300,00 a R$ 2 mil; além de um certificado de participação no concurso. “Luiz Gonzaga não é só um patrimônio pernambucano, mas de todo o País. Nosso objetivo é editar as melhores redações e montar um livro para ser divulgado no Brasil”, enfatizou Queiroz.


Para Moraes, a secretaria terá papel fundamental para incentivar a participação dos alunos. “Também queremos que o órgão público integre a comissão julgadora dos textos”, destacou. A previsão é que o resultado do concurso seja divulgado em reunião solene, no Plenário daCasa Joaquim Nabuco, em dezembro.


“A iniciativa da Assembleia é louvável, porque estimulará que os jovens estudem a obra de Luiz Gonzaga, a história e a geografia da região em que ele viveu”, completou o secretário Anderson Gomes

Curiosidades

Primeiro Apelido
Por ter um rosto arredondado e um largo sorriso, Luiz Gonzaga ganhou de Dino, um violista da época, o apelido de Lua - que foi amplamente divulgado por César Alencar e Paulo Gracindo.
Da cabeça aos pés
Foi vendo uma apresentação do catarinense Pedro Raimundo, que se vestia com bombachas, que Gonzagão passou a aderir trajes nordestinos em suas apresentações. Sua marca era o chapéu de couro.
Teste de DNA
Dentre as diversas biografias de Luiz Gonzaga, existe uma lacuna sobre a paternidade de Luiz Gonzaga do Nascimento Junior, o Gonzaguinha. Muitos afirmam que quando o compositor conheceu a cantora Odáleia Guedes, ela já tinha o menino e o músico apenas o registrou com seu nome.
Outros descartam essa hipótese, analisando a clara imagem do homem nordestino, cheio de padrões conservadores, de que dificilmente assumiria um filho de outro e ainda lhe daria o sobrenome. Gonzaguinha faleceu tragicamente num acidente de carro. Apesar das suspeitas, os herdeiros não fizeram questão de realizar um exame de DNA.
No Cinema
Sua música "Asa Branca" foi cantada por Carmen Miranda no filme "Romance Carioca" - Nancy Goes To Rio, em título original, dirigido por Robert Z. Leonard.
Em memória
A música "Morte do Vaqueiro" foi feita em homenagem ao primo de Luiz Gonzaga, Raimundo Jacó, que era vaqueiro e foi assassinado em 1954. A canção deu origem a tradicional Missa do Vaqueiro, que acontece todo ano em Pernambuco.

Luiz Gonzaga

biografia

Luiz Gonzaga foi um ícone da música brasileira, por esse motivo vamos fazer um resumo de sua biografia e prestar uma homenagem a esse personagem tão importante de nossa música, Luiz Gonzaga nasceu em uma fazenda chamada Caiçara na zona rural de Exu na Serra do Araripe no estado de Pernambuco no ano de 1912, exatamente no dia treze de dezembro e foi além de um ótimo cantor, um compositor que fazia músicas que fazem parte da cultura brasileira até os dias de hoje, Luiz Gonzaga era filho de um lavrador e sanfoneiro, senhor Januário José Santos e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa.

Quanta saudade Luiz Gonzaga deixou, mas também nos deixou um trabalho belíssimo que até hoje e para sempre será admirado por todos nós, tanto os que tiveram oportunidade de ir a um dos seus shows ou até mesmo conviver com ele como também as gerações futuras que reconhecem todo o talento deste homem simples mas que soube fazer de sua simplicidade o ingrediente principal para suas canções

Desde pequeno Luiz Gonzaga gostava da sanfona de oito baixos e pegava a de seu pai sempre que podia. Luiz Gonzaga também tocava zabumba quando seu pai participava de festas, feiras e forrós. Ainda garoto Luiz Gonzaga fazia questão de acompanhar seus pais às festas onde podia tocar por mais tempo, diferente dos outros garotos de sua idade que queriam ir para se divertirem, Luiz Gonzaga gostava era de ficar no palco tocando com seu pai e demais músicos

No ano de 1930 saiu de casa para servir o exército como voluntário e viajou o Brasil como corneteiro, tocando sanfona em festas. Para ele foi uma fase também muito importante, foi quando teve realmente acesso às várias culturas que encontramos neste país e Luiz Gonzaga pode levar seu talento e sua cultura para várias regiões do país além de alegrar seus companheiros.



No ano de 1939 saiu do exército e foi morar no Rio de Janeiro com sua primeira sanfona nova e tocava em festas na Lapa ou se apresentava nas ruas passando o chapéu. O homem simples não tinha vergonha de se apresentar na rua e foi assim, longe dos holofotes, longe dos palcos que ele começou sua carreira no Rio de Janeiro, tocando na rua, apenas um estranho, apenas mais um entre muitos que buscavam ganhar algum dinheiro para sobreviver na cidade maravilhosa.



Mas seu talento era muito grande e logo começou a participar de programas de calouros e no programa de Ary Barroso na Rádio Nacional finalmente ganhou o primeiro lugar com sua música Vira e Mexe. Já nesta época Luiz Gonzaga atraia a atenção das pessoas, já tocava bem melhor, sua voz inconfundível dava nova tonalidade às canções e o ritmo não deixava ninguém ficar parado e tudo isto despertava a atenção das pessoas e começava já a chegar também nas rádios

No ano de 1943 ainda na Rádio Nacional começou a se vestir de vaqueiro nordestino e começou a parceira com Miguel Lima, transformando a música Vira e Mexe em Chamego que obteve bastante sucesso, recebendo nesta época o apelido de Lua do amigo Paulo Gracindo. Com Miguel Lima ele compôs várias músicas de sucesso, como Dança Mariquinha, Cortando Pano, Penerô Xerém, Dezessete e Setecentos gravados pelo sanfoneiro e cantor alcançando bastante sucesso.

Depois começou a parceria com Humberto Teixeira e os dois compuseram sucessos como Baião, Meu Pé de Serra, Juazeiro e Mangaratiba, Paraíba, Baião de Dois e uma das mais bonitas canções da música brasileira, Asa Branca. Esta música tornou-se praticamente um hino do povo sofrido do nordeste brasileiro, mas é difícil encontrar alguém que não se emocione ao ouvir Asa Branca, principalmente quando cantada por Luiz Gonzaga

Casou-se no ano de 1948 com Helena das Neves quando já tinha assumido a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora Odaléia. Já no ano de 1950 fez parceria com Zé Dantas e fizeram sucessos como A Volta da Asa Branca e Cintura Fina. Depois deste ano, começou novamente a fazer shows pelo interior do país continuando muito popular. Neste período Luiz Gonzaga já era bem mais conhecido e seus shows estavam sempre cheios, por onde passava o sucesso era garantido.



Depois da morte de Zé Dantas, fez parceira com Hervê, Cordovil, João Silva e outros, gravando Triste Partida um dos seus grandes sucessos, ganhou o apelido de Rei do Baião dos cidadãos paulistas e até hoje é conhecido como tal. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, não parou mais de fazer sucesso e se tornou um dos artistas mais conhecidos e respeitados do Brasil

Ele Gravou nos anos oitenta com cantores de grande sucesso como Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento e outros, conseguindo alavancar ainda mais sua carreira. Ao todo, Luiz Gonzaga conseguiu gravar em toda sua vida cinquenta e seis discos compondo mais de quinhentas canções de grande sucesso nacional. Recebeu no ano de 1984 o primeiro disco de ouro com o Danado de Bom, outro grande sucesso.



No ano de 1989 no dia dois de agosto às cinco e quinze da manhã morreu o Rei do Baião, depois de quarenta e dois dias internado no Hospital Santa Joana na cidade de Recife e no seu sepultamento compareceram mais de vinte mil pessoas que cantaram Asa Branca quando o caixão descia às quatorze horas e cinquenta minutos do dia quatro de agosto. Uma data que ficou marcada na vida de muitos brasileiros.



E assim o Brasil perdia um ícone da música popular e ganhava um mito que viverá para sempre em suas músicas, pois o homem simples soube cantar a simplicidade do sofrido povo brasileiro e chegou a conquistar a todos, independente da classe social, Luiz Gonzaga é querido por todos, é sem dúvida alguma o eterno Rei do Baião

Imagens

LUIZ GONZAGA




     

O Baião - Ritmo


Historia do Baião


Segundo informa Câmara Cascudo, foi gênero de dança popular bastante comum durante o século XIX[2]

Em 1928 Rodrigues de Carvalho registrou que "…o baião, que é o [ritmo] mais comum entre a canalha, e toma diversas modalidades coreográficas".[3]

Câmara Cascudo registra ainda a sua popularização no país, a partir de 1946, com Luiz Gonzaga, em forma modificada pela "inconsciente influência local do samba e das congas cubanas" - sendo o ritmo de sucesso, vencendo o espaço então dominado pelo bolero.[2]

Sua execução original era com sanfonas, que com a popularização passou a anexar o orquestramento.[2]

A conjunto da instrumentação básica do baião, segundo Luiz Gonzaga num depoimento, é de origem portuguesa, mais especificamente da chula.

' ' ' ' Depois eu verifiquei que esse conjunto era de origem portuguesa, porque a chula do velho Portugal tem essas coisas, o ferrinho (triângulo), o bombo (o zabumba) e a rabeca (a sanfona)… é folclore que chegou de lá no Brasil e deu certo. Agora, o que eu criei, foi a divisão do triângulo, como ele é tocado no baião. Isso aí não era conhecido. (Deryfus, 1996, p.152 apud Ramalho, 2000, p.62) ' ' ' '[4]

O primeiro sucesso veio com a música homônima - Baião - de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, cuja letra diz: "Eu vou mostrar pra vocês / Como se dança o baião / E quem quiser aprender / É favor prestar atenção."[5] e "(…) o baião tem um quê / Que as outras danças não têm".[6]

Gonzaga logo passou a dominar o gosto popular com outros sucessos no estilo do baião, a ponto de jornais da época registrarem que o ritmo tornara-se a "coqueluche nacional de 1949" (segundo a revista Radar) e era decisiva sua influência "na predileção do povo" (jornal Diário Carioca).[5]

A partir da década de 1950, o gênero passou a ser gravado por diversos outros artistas, dentre os quais Marlene, Emilinha Borba, Ivon Curi, Carolina Cardoso de Menezes, Carmem Miranda, Isaura Garcia, Ademilde Fonseca, Dircinha Batista, Jamelão, dentre outros. Se Gonzaga era o "Rei do Baião", Carmélia Alves era tida como a "Rainha", Claudete Soares a "princesa" e Luiz Vieira o "príncipe". Após um período de relativo esquecimento, durante a década de 1960 e a seguinte, no final dos anos 70 ressurgiu com Dominguinhos, Zito Borborema, João do Vale, Quinteto Violado, Jorge de Altinho e outros.[5]

O ritmo influenciou ainda o tropicalismo de Gilberto Gil e o rock'n roll de outro baiano - Raul Seixas. Este último fundiu os dois ritmos, criando aquilo que chamou de "Baioque".[5]

 Características


Segundo Guerra Peixe, o baião possui uma escala que vai de a dó ate o ré do didi, com as seguintes variações:[2]

  1. todos os graus naturais (modo iônico);
  2. com o sétimo grau abaixado (si bemol) (modo mixolídico);
  3. com o quarto grau aumentado (fá sustenido) (modo lídio);
  4. a mistura dos dois dos modos anteriores, ou dos três;
  5. poucas vezes no modo clássico europeu e,
  6. raramente, no modo menor com o sexto grau maior (modo dórico).

Continuando, o maestro consigna que possui os ritmos melódicos: semicolcheia, colcheia, semimínima e mínima prolongada em compasso de dois por quatro. As harmônicas nos modos acima:[2]

  1. modo maior:
    1. I, V e IV graus, em ordens variáveis;
    2. I, II graus, com a terceira do acorde alterada (fá sustenido).
  2. modo menor:
    1. I, IV grau, com a terceira alterada (fá sustenido).

 Principais músicos do Baião


Discografia e Letras

AS MUISCAS QUE SERÃO CITADAS A SEGUIR SÃO AS 70+ TOCADAS DE LUIZ GONZAGA DE ACORDO COM O SITE-REPERTÓRIO letras.terra.com.br. São elas:


    LETRA E ANALISE - O XOTE DAS MENINAS

    Mandacarú quando fulora na seca
    É sinal que a chuva chega no sertão
    Toda menina que enjoa da boneca
    É sinal que o amor já chegou no coração
    Meia comprida, não quer mais sapato baixo
    E vestido bem cintado, não quer mais vestir timão
    Ela só quer, só pensa em namorar
    Ela só quer, só pensa em namorar
    De manhã cedo já tá pintada
    Só vive suspirando, sonhando acordada
    O pai leva ao doutor a filha adoentada
    Não come, nem estuda, não dorme
    E nem quer nada
    Ela só quer, só pensa em namorar
    Ela só quer, só pensa em namorar
    Mas o doutor nem examina
    Chamando o pai de lado
    Lhe diz logo em surdinha
    Que o mal é da idade
    E que pra tal menina
    Não tem um só remédio
    Em toda a medicina(...)

    Análise:
    Acerca da análise linguistica, podemos perceber claros sinais de regionalismo na letra, justamente porque autor se vale de palavras comprimidas típicas do vocbulário nordestino como por exemplo no trecho: "Mandacarú quando FULORA na seca". Quanto a o que o autor quer passar por meio da letra são as transformações da menina quando ela chega na puberdade. Logo de início ele retrata uma mudança corporal qualdo fala "Mandacarú quando fulora na seca", que se refere aos seios da menina apontando em um peito outrora liso (seco).
    “É sinal que a chuva chega no sertão” como consequencia da puberdade acontece a primeira menstruação da menina.
    E o restante é uma sátira sobre a reação dos pais quanto a transformação da menina/ mulher em lidarem com a situação. Por exemplo, na parte que fala que o pai leva a menina no médico, é uma bela sátira, porque o pai desesperado com novo comportamento da filha a leva ao médico, porém médico não dá uma notícia muito animadora ao pobre do pai " Lhe diz logo em surdinha
    Que o mal é da idade
    E que pra tal menina
    Não tem um só remédio
    Em toda a medicina"

    Cultura Nordestina e Curiosidades

    FESTAS JUNINAS E SUA HISTORIA
    Hoje pouca gente sabe que essas festas cristãs vêm de muito tempo atrás da nossa época. Tudo fazia parte dos rituais agrários das primeiras civilizações européias, festas essas que faziam os Celtas (povo de raça indo-européia).

    O dia 24 de junho que hoje é dedicado a São João Batista, era o dia do solstício de verão (época em que o sol passa por sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador). No hemisfério norte, fenômeno astronômico que significava o momento da viagem do sol quando, depois de ir subindo dia a dia cada vez mais alto no céu, ele para e faz o caminho de volta, pois a vida daquela comunidade era regida por fenômeno astronômico.

    Eles acreditavam que nesses momentos abriam-se as portas em que se comunicavam o reino da terra com o reino do céu, e assim que as almas dos mortos podiam visitar seus lares para se aquecerem junto à fogueira, e que eles se reconfortariam com as homenagens de seus velhos amigos e parentes. Eles dançavam, cantavam, comia e bebia ao redor da fogueira para todas as almas amigas que acreditavam estarem ao seu redor.

    Estas festas tinham uma importância tão grande e tão forte que foi ai então que a igreja cristã dos primeiros séculos resolveu a criar um significado cristão, surgindo assim que a fogueira do dia 24 de junho seria em homenagem ao aniversario de São João Batista, o santo que batizou Jesus. João Batista nasceu no dia 24 de junho, alguns anos antes do seu primo Jesus Cristo, e morreu no dia 29 de agosto do ano 31 depois de Cristo na Palestina. Ele ocupa papel importante nas festas, pois entre os santos de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome, pois assim ficou como festas “Joaninas”.

    Existe também uma lenda do surgimento da fogueira de São João, dizem que Santa Izabel quando ficou sabendo que estava grávida de João, foi contar a novidade para Nossa Senhora e contou-lhe que estava grávida, e que dentro algum tempo nasceria seu filho e que se chamaria João Batista.

    Nossa Senhora ficou contente e lhe perguntou como poderia saber do seu nascimento. Então Santa Izabel falou que acenderia uma fogueira bem grande, pois assim poderia ver de longe e saberia então que João nasceu. E que também erguer um mastro com uma boneca sobre ele. E assim no dia 24 de junho Santa Izabel cumpriu o que prometeu, assim que Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira foi até la e constatou que João havia nascido.



    SIMPATIAS NORDESTINAS
    Véspera de São João

    Sabedoria de bananeira
    Na noite de São João, de 23 para 24, deve-se enfiar uma faca virgem (nova) na bananeira. No dia seguinte, de manhã bem cedo, retire a faca que nela aparecerá o nome do(a) futuro(a) noivo(a). Outra variante dessa simpatia diz que o nome do(a) futuro(a) marido/mulher aparecerá escrito no caule da bananeira.

    Alguns preferem ver o nome escrito no tronco da bananeira. Ainda há outra variante, mais rápida: enfia-se a faca na bananeira e, ao retirá-la, você ouvirá o nome do(a) futuro(a) companheiro(a).

    Papéis mágicos
    Na noite de São João, escreva em pequenos papéis o nome de vários(as) pretendentes. Enrole-os e jogue-os em uma bacia ou copo d'água. O papel que se desenrolar primeiro indicará o nome do(a) futuro(a) companheiro(a).

    A idade do cônjuge
    Passe um ramo de manjericão sobre a fogueira e jogue-o sobre o telhado de sua casa. Se na manhã seguinte ele ainda estiver verde, é sinal de casamento com pessoa jovem. Se estiver murcho, com pessoa mais velha.

    Oráculo de carvão
    Pegue dois pedaços de carvão da fogueira de São João. À meia-noite, coloque os carvões em uma bacia com água. Se afundar o maior é porque o marido vai morrer primeiro. Afundando os dois, o casal vai morrer junto. Se os dois carvões boiarem, o casal terá vida longa.

    Sonho lotérico
    Se você sonhar com um bicho na véspera de São João, deve jogar na loteria porque vai ganhar com certeza.

    O poder do carvão
    - O carvão que sobra depois que a fogueira apaga adquire poderes sobrenaturais. Com ele, pode-se cobrir os ovos das aves para que a ninhada seja forte e saudável.
    - Andar com um pedaço de carvão da fogueira no bolso traz felicidade e dinheiro o ano todo.
    - Jogar na fogueira um galho de alecrim, arruda ou uma trança de alho espanta o mau-olhado.
    - Os carvões que restarem podem ser enviados a parentes e amigos, pois são considerados bentos.
    - Quem possuir um carvão da fogueira viverá até o próximo São João.

    O poder do mastro
    - Para obter boa colheita, prenda junto à bandeira do mastro laranjas, pencas de banana e espigas de milho, pedindo a proteção dos santos.
    - As espigas de milho que ficam no mastro são recolhidas e usadas para o plantio. Dizem que quem achar no dia da festa uma espiga com 15 fileiras ficará rico.

    Simpatias para ter sorte

    Para ter sorte na moradia
    Alguns dias antes de mudar, a pessoa tem que lavar a nova casa com água, vinho e mel e deixar secar naturalmente. Um dia antes da mudança, abrir uma lata de sardinha, uma garrafa de vinho e uma bisnaga. Colocar tudo isso no meio da sala e no dia da mudança, recolher tudo e jogar num jardim. Depois disso, não faltará, saúde e dinheiro e só reinará a felicidade no lar.

    Para retirar o azar de sua casa
    Pegue 7 pombos brancos, em dias de domingo, e coloque dentro de sua casa. Abra todas as janelas, e abra a gaiola dos pombos deixando eles saírem por onde quiserem, assim levando todo o azar em suas asas.

    Para ter sorte em novos empreendimentos
    Recorra aos poderes de uma simpatia. Antes de atirar-se a um novo empreendimento, tome um banho preparado com água morna, sal grosso, três folhas de hortelã, uma folha de arruda e meia colher de enxofre.

    Para ter sorte no comércio
    Quando abrir seu comércio pegue a chave do estacionamento e deixe durante três dias dormir no sereno. Depois disso, antes de inaugurar o comércio mande rezar uma missa ao santo de sua devoção.

    HISTÓRIA DO CORDEL

    Material de autoria do parceiro e Violeiro Fábio Sombra. Publicado originalmente no folheto “Proseando Sobre Cordel”.

    A Origem nas Feiras Medievais
    Nossa viagem em busca das origens do cordel começa na Europa, na Idade Média, num tempo em que não existia televisão, cinema e teatro para divertir o povo. A imprensa ainda não tinha sido inventada e pouquíssima gente sabia ler e escrever. Os livros eram raríssimos e caros, pois tinham de ser copiados a mão, um a um. Então, como as pessoas faziam para conhecer novas histórias?

    Pois bem, mesmo nos pequenos vilarejos existia um dia da semana que era especial: o dia da feira. Nessas ocasiões, um grande número de pessoas se dirigia à cidade, e ali os camponeses vendiam seus produtos, os comerciantes ofereciam suas mercadorias e artistas se apresentavam para a multidão.


    Um tipo de artista muito querido por todos era o trovador ou menestrel. Os trovadores paravam num canto da praça e, acompanhados por um alaúde (um parente antigo dos violões e violas que conhecemos hoje), começavam a contar histórias de todo tipo: de aventuras, romance de paixões e lendas de reis valentes, como o Rei Carlos Magno e seus doze cavaleiros.

    Para guardar tantas histórias na cabeça, os trovadores passaram a contar suas histórias em versos. Dessa forma as rimas iam ajudando o artista a se lembrar dos versos seguintes, até chegar o fim da história.


    Ao final da apresentação, o povo jogava moeda dentro do estojo do alaúde. O trovador, satisfeito, agradecia e partia em direção a próxima feira.